quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fazenda da Posse



Em 30 de agosto de 1764, o vice-rei do Brasil concede a Francisco Gonçalves de Carvalho, uma sesmaria onde o mesmo edifica um ano depois, uma fazenda de gado e mantimentos. Era o início da cidade de Barra Mansa. O local era utilizado pelos tropeiros que iam para as Gerais ou para a importante feira de Sorocaba, em São Paulo. Gonçalves de Carvalho transfere, alguns anos depois, sua propriedade para o sargento-mór José Pereira da Cruz, que em 1800 finca nos arredores da dita fazenda, o primeiro marco de fé cristã barramansense: a Capela da Posse, depois São Sebastião da Posse e definitivamente São Sebastião da Barra Mansa, por causa de um afluente do Paraíba, que ao desaguar no mesmo formava uma “barra seca, ou mansa”, originando-se daí o nome da cidade. Nos arredores da fazenda, funcionou também o primeiro cemitério da cidade – o cemitério da Posse. José Pereira da Cruz, transfere a fazenda para Magalhães Louzada, que a deixa como herança para sua filha Tereza Rosa de Magalhães Veloso, esposa do Barão de Ayuruoca, que também residiu na fazenda por volta de 1814, em cuja capela foram batizados seus três filhos. A fazenda da Posse passou por vários proprietários, tendo lá nascido Beetovem Dantas do Amaral, notabilidade da medicina brasileira. Nos anos 90 do século passado, o município era o proprietário da fazenda e terras do seu entorno, quando o prefeito envia à Câmara Municipal, mensagem de doação para o SESI. Imediatamente Alan Carlos Rocha procede à medição de uma área em volta da sede da fazenda e procura os vereadores do município, com o objetivo de salvar a primeira edificação da cidade, que também estava sendo doada. Uma emenda do vereador Francis Bullos é aprovada e a importante edificação fica preservada. Não satisfeito, o historiador lança um manifesto em defesa da fazenda, que foi assinado por várias instituições da cidade e, durante sete anos luta para a restauração do casarão. Com o concurso do barramansense José Mário de Oliveira Ramos junto ao SESI, o primeiro marco da cidade foi recuperado e a história barramansense ficou preservada.

Publicado no jornal “Memória Barramansense” nº 1 – julho de 2006

1 comentários:

Anônimo disse...

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TURMA DE EJA DA APAE

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